É muito comum em datas específicas nos depararmos com aquela vontade de perder peso com urgência: festas de finais de ano, casamento, formatura, desfilar no Carnaval, entre outros. Normalmente, a data do evento está próxima, motivo o qual a pessoa resolve partir para uma dieta restritiva, visando ganhar tempo.
A ideia é radicalizar deixando de ingerir alimentos e/ou pulando refeições inteiras, inclusive deixando de comer alimentos que se gosta bastante!
Mas é importante fazer algumas observações:
- A pessoa pode perder peso rápido, porém a partir do momento que ela interrompe este processo restritivo, muito provavelmente haverá o reganho de peso e uma vez que ela repita esta atitude, entrará naquilo que conhecemos como efeito sanfona.
- Ao se retirar ou restringir grupos de alimentos por um período prolongado o organismo pode apresentar severas carências nutricionais, como a falta de vitaminas e minerais levando às doenças como a anemia e inflamações no trato digestivo.
- Muito do que se perde é água e a princípio checando a balança terá a impressão que o peso diminuiu, porém com o passar do tempo, a perda potencial vai regredindo até estacionar.
- Neste processo, há a uma diminuição significativa de músculos também, comprometendo a massa muscular total.
- Dietas restritivas podem liberar gatilhos que levem a transtornos alimentares como anorexia e bulimia nervosa e transtorno alimentar restritivo evitativo.
- Em alguns casos há a indicação do uso de remédios e chás de procedência duvidosa, que podem lesionar ou levar à falência, órgãos vitais como rins, fígado e coração.
Fiquem atentos a propagandas ou a imporem-se, dietas milagrosas que prometem perda de peso e emagrecimento em tempo recorde, pois elas podem comprometer a saúde.
Procurem ajuda profissional de um Nutricionista, para que seja elaborado um plano alimentar com as necessidades nutricionais e calóricas compatíveis com seus dados antropométricos (peso, altura, idade, massa corporal, entre outros) e de seus exames laboratoriais, além de outras considerações como hábitos alimentares e condições socioeconômicas.
Texto: Dra. Dulce Carvalho