O Espelho Que Se Quebrou: Parte 1 – A Conquista

Meiga menina que se tornou mulher, na busca de aperfeiçoamento na dança como Porta bandeira, a televisão e os vídeos foram seus professores.
Moradora de uma cidade que rodeia a capital paulista, Emília, desde pequena se apaixonou pela arte, com olhinhos vidrados acompanhava as grandes damas do ofício pela internet e nos dias de desfiles não desgrudava da telinha da TV.
Mesmo sozinha dava os primeiros passos.
Na Escola de Samba de seu bairro, ficava horas e horas de ensaios, olhando toda a movimentação das Porta Bandeiras.
Em casa pegava o pau da vassoura, colocava uma pequena toalha na ponta, o quintal de casa, virava quadra de samba e ali ficava horas e horas até que de seu sonho despertava com a mãe chamando para as atividades do lar.
Estamos no século XXI, os desfiles da cidade tomaram outras proporções, eis que chega a oportunidade de Emília se tornar Porta Bandeira Juvenil dos Acadêmicos Industriais, uma conquista porque fora observada por dirigentes que viam nela as qualidades necessárias e um rico futuro na arte.
Emília estava realizada, feliz, seu primeiro desfile foi em 2007, ano marcado na sua memória de menina moça, a saia era de brocado prateado, armada com filó, na roda um lindo bua vermelho, as mangas eram bufante, se achou uma princesa na noite mágica do desfile oficial.
Assim começa sua caminhada na arte de ser Porta Bandeira.

Texto : Ednei Mariano
Arte: Dyego Santos

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Redação Sampa