Mulher do Ano 2000: Capítulo 2 – Infância e Adolescência

Arte: Dyego Santos

Criança amada e paparicada, Angélica era uma menina meiga, mas sempre curiosa além de muito estudiosa, teve uma infância sem incidentes. Como era apegada aos estudos, o pai Basilino buscou encorajá-la e colocou a menina em diversas atividades ao mesmo tempo.

Terena era toda zelosa com a filha, já que depois de dois anos da sua vinda, a matriarca engravidou, mas a criança, que era um menino, nasceu já sem vida por complicações, devido a pressão alta sofrida por Terena durante todo tempo de gestação. Assim, o carinho e cuidado foi dobrado em favor de Angélica.

Família numerosa da nossa personagem central cresceu entre primos e amigos, até porque seu pai exercia atividades políticas e trabalhava em repartição pública.

Na sua adolescência, viveu grandes momentos entre os estudos, festinhas familiares e em clubes da região. O pai muito conhecido no bairro e com amigos resolveram fundar uma escola de samba. A ideia de Basilino era ter uma entidade sambística diferenciada, assim o nome da escola começava com Sociedade.

Os anos 70 chegaram e com ele a evolução dos desfiles carnavalescos da cidade e neste bojo na Vila Brasilândia, formaram a Sociedade Coração Azul e Rosa.

Angélica, sempre ligada aos pais estava presente em todos festejos da Sociedade Carnavalesca, ajudando na confecção de fantasias e organização dos desfiles. Cresceu em conhecimento como a entidade. Assim, seis anos depois do nascimento, a Sociedade já era destaque entre as grandes do Carnaval. Angélica se apaixonou pela figura da porta-bandeira, estudou a dança e se tornou primeira da categoria por três anos da Coração Azul e Rosa. Com suas boas notas, ajudou no vice-campeonato, em 1977, no primeiro ano da entidade no grupo principal das escolas de samba, em um desfile memorável na inauguração destes festejos na Av. Tiradentes.

Texto: Ednei Mariano
Arte: Dyego santos
Julho de 2022

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Artigo de

Victoria Vianna