No Carnaval há mais ou menos 25 anos, Val Diniz fez seu primeiro desfile em 1997, como componente de ala na Tom Maior, no qual desfilou até 2000. Voltou para ala de passistas em 2008, desfilando na mesma ala até 2011.
Com todo seu empenho e dedicação em 2012 assumiu como coordenadora a Ala das Passistas da Tom Maior, se dedicando até 2020.
Tal entusiasmo e envolvimento com a ala, rendeu a Val Diniz o “Prêmio Passistas de Ouro”, dando ainda mais visibilidade e reconhecimento para o seu trabalho e para a escola Tom Maior.
Em 2020, Val Diniz assumi novas ares e passa a ser diretora da Ala de Passistas da escola de Samba Acadêmicos do Tucuruvi.
Chegando na casa nova seu maior desafio foi formar a ala, pois não havia ala de passistas na escola. A preparação e seleção para a ala das passistas do Tucuruvi se inicia dentro do Projeto Sambosim, que é um programa de aulas de samba no pé que acontece sempre entre os meses de maio a agosto, idealizado por Val Diniz.
Sua maior motivação em ensinar tantas pessoas está em contribuir para o autoconhecimento e auto valorização de cada uma das meninas.
Costuma identificar potenciais e trabalhar para extrair o melhor de cada uma delas em técnica de samba e construção de suas personalidades.
Um dos seus sonhos dentro do Carnaval é tornar o segmento de passistas um quesito, para assim ser melhor valorizado e respeitado.
Com um grupo volumoso e misto, que envolve tanto as passistas como os malandros, para o próximo Carnaval, Val Diniz nos conta a novidade da chegada das passistas Plus para o time, deixando o grupo ainda mais forte e diversificado.
Quanto as técnicas de ensino entre passistas e malandros, ela completa que cada um tem o seu papel dentro do samba e transmitem isso com elementos de dança bem diferentes.
Uma grande inspiração para ela no Carnaval é a presidente Solange Bichara, da escola de samba Mocidade Alegre, pela competência e pela gestão com que ela conduz sua equipe e sua escola.
Para quem tem um desejo de se tornar uma passista, o conselho de Val Diniz é trabalhar duro, se dedicar, estudar, ensaiar para construir uma história carnavalesca bonita e feliz e não apenas colecionar faixas. Complementa dizendo que as faixas deveriam ser méritos e conquistas e avalia que a essência do segmento está se perdendo por vaidade e likes.
No dia de cruzar a passarela do samba, a única coisa que passa pela sua cabeça é que o trabalho está feito! Costuma dizer para sua ala que confia em cada um deles e que chegou a hora! A hora de mostrar o resultado!
Para 2023, a ala de passistas do Zaca promete mostrar na avenida um time muito unido que samba e que encantará a todos!
Que o seu samba, seu brilho e sua força de vontade continuem envolvendo nossas passistas e malandros!
Texto: Mariana Mello
