Sendo a segunda escola a desfilar no Anhembi, a Colorado do Brás relatou a história da escritora Carolina Maria de Jesus. A agremiação vermelha e branca levou à avenida a favela do Canindé, local onde a escritora viveu em São Paulo, e mostrou a importância de suas escritas para o mundo.
A agremiação vermelha e branca destacou a desigualdade social e a elite literária, que já eram predominantes no Brasil em outros séculos.
Carolina Maria de Jesus foi uma escritora preta, que nasceu em Minas Gerais e veio para São Paulo, na favela do Canindé, onde chegou a ser catadora de papel para sustentar seus filhos. Carolina relata essa realidade em sua obra “Quarto de Despejo”, e a Colorado cita essa fase em sua vida em seu enredo, nos versos:
“Lá vou eu pra batalha, não tinha o que comer
Fiz verso fiz poesia retratando o meu viver
Quando cheguei em São Paulo sem rumo, sem renda
Falei de justiça pra que o mundo entenda”
Atualização: A Colorado do Brás foi penalizada com -0.5 em sua pontuação geral, pois um integrante se apresentou com uma camiseta estampada com uma marca, o que não pode, segundo o regulamento.
Ficha Técnica – Colorado do Brás
Presidente: Antônio Carlos Borges (Ka)
Carnavalesco: André Machado
Mestre de Bateria: Allan Meira
Casal de mestre-sala e porta-bandeira: Ruhanan Pontes e Ana Paula
Rainha de bateria: Maísa Magalhães
Intérprete: Chitão Martins
