Você na Sampa: Waleska Gomes, porta-bandeira do Acadêmicos do Tucuruvi, relata sua proximidade com o pavilhão e a escola

Waleska Gomes, porta-bandeira do Acadêmicos do Tucuruvi. Foto: Acervo pessoal

Porta-bandeira: Figura que junto ao seu par, o mestre-sala, tem a responsabilidade de conduzir e apresentar o “Pavilhão”, símbolo de maior representatividade de uma instituição, durante os ensaios e todo o desfile de uma escola de samba.

Quesito de muita concentração e ao mesmo tempo desenvoltura durante a avenida, o bailado é avaliado pelo desenvolvimento de passos precisos e cheios de graça. Não apresentam o samba, mas precisam estar afinados na exibição da dança, harmonia do casal, trazer posturas e gestos elegantes, além da sintonia entre a dupla.

Quem vai nos contar um pouco mais da sua história é Waleska Gomes, que espalha simpatia, beleza e profissionalismo no que faz.

Sua formação foi em ballet clássico, no qual atua como bailarina, coreógrafa e professora. Teve passagem por algumas escolas de samba defendendo o pavilhão, como Unidos de São Lucas, Acadêmicos do Tatuapé, Tom Maior, Independente Tricolor, Morro da Casa Verde e há cinco anos é a primeira porta-bandeira do Acadêmicos do Tucuruvi.

Cria do Carnaval, o samba surgiu na sua vida ainda na barriga de sua mãe, que chegou a desfilar grávida e foi onde ela nasceu e cresceu.

Dançar sempre fez parte da sua vida, desde muito nova fez aulas de ballet e levou isso para a vida. Representar a sua escola, zelar e defender o seu pavilhão é sua maior responsabilidade, que exige muita dedicação e comprometimento.

Sobre as delícias e dificuldades de ser uma porta-bandeira, Waleska diz que é maravilhoso poder representar sua escola, que o carinho e o reconhecimento recebidos pela comunidade são especiais, mas quem também não pode deixar de citar que é um longo caminho, de muita dedicação, construção e que as dificuldades sempre aparecem para serem enfrentadas.

Tem como inspiração, Selminha Sorriso, uma porta-bandeira de grande reconhecimento, que rodopia a décadas na Marques de Sapucaí. Waleska estava se preparando para estrear como porta-bandeira no Rio de Janeiro, na escola de samba Vigário Geral. Por conta da incompatibilidade das datas vai precisar adiar os seus planos, mas ainda se programa para essa bem feitoria no tempo certo.

Uma das suas revelações é que se não ocupasse o cargo de porta-bandeira, continuaria se dedicando e se comprometendo, vivendo a experiência como integrante da comissão de frente.

Acha difícil escolher um único Carnaval que foi marcante na sua história, pois considera que todos os anos são sempre muito especiais, mas a sua estreia na Acadêmicos do Tucuruvi foi a realização de um sonho.

Sua maior prioridade é a sua Mãe, pessoa com quem compartilha todas as suas conquistas.

Se considera uma pessoa sonhadora, e o maior deles atualmente é ser Campeã do Carnaval com a Acadêmicos do Tucuruvi.

A preparação para cruzar a avenida com amor e alegria é intensa. Vai desde as rotinas de ensaios regulares, até os ensaios específicos, ensaios de fantasia. O posto de porta-bandeira também exige uma preparação física e psicológica que ela leva com esforço e seriedade. Já os seus rituais e superstições antes de entrar na avenida, como uma boa devota de Santa Clara, mantem a sua FÉ, faz suas orações, além de uma novena antes do desfile e isso nunca falha.

O enredo que marcou a sua trajetória é o “Faces de Anysio, o eterno Chico. Sorrir é… e sempre será o melhor remédio – 2020”, que trouxe de volta a Acadêmicos do Tucuruvi para o grupo especial.

Um conselho que Waleska daria para quem sonha em um dia se tornar uma porta-bandeira de uma escola de samba é nunca desistir da arte maravilhosa do bailar. Os obstáculos são muitos pelo meio do caminho, mas a vontade de alcançar deve ser sempre maior.

Quando falamos em Amor, Família, Amigos, Paixões, Passarela do Samba e Vida, Waleska Gomes só consegue em uma palavra: TUCURUVI.

Que o seu bailado seja de encantos e magia e que você alcance tudo o que desejar sempre!

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Artigo de

Mariana Mello