Encontro de Peruche, Camisa Verde e Branco e Nenê de Vila Matilde marca a temporada de ensaios técnicos 2022

Na última oportunidade de fazer ajustes antes dos desfiles, três dos pavilhões mais tradicionais de SP levam o samba raiz para o Anhembi

Por Jéssica Souza e Victoria Vianna

Ensaio Técnico da Unidos do Peruche | Crédito: Elson Santos

Na noite da última sexta-feira (01), a história do carnaval paulistano desfilou pela passarela do Anhembi. Unidos do Peruche, Mocidade Camisa Verde e Branco e Nenê de Vila Matilde, escolas de samba consagradas e vencedoras de muitos títulos se reuniram no mesmo ensaio técnico para realizar o seu último treino antes dos desfiles oficiais.

Apesar do tempo frio e chuvoso, o público compareceu ao sambódromo e acompanhou de perto a passagem das agremiações, vibrando com os sambas da concentração à dispersão.

Unidos do Peruche

A primeira a entrar na pista foi a Unidos do Peruche que vai disputar o troféu do Grupo de Acesso II com enredo “Água…divinas bênçãos” fez uma largada animada. Na avenida, a escola de samba mostrou leveza e samba no pé com os componentes com bandeirinhas e pompons nas cores da escola, além de realizar alguns passos sincronizados em algumas alas.

“ A expectativa para o dia do desfile é muito grande, estamos com o coração apreensivo e ansioso. O trabalho vem sendo feito a muito tempo e agora que chegamos a reta final estamos ensaiando bastante, porém, com cuidado para não nos machucarmos e chegar no grande dia sem nenhum problema. Acreditamos que vai dar certo por tudo que tem sido feito até aqui, afinal nós trabalhamos para conquistar o melhor resultado para a escola”, diz o 1º Mestre Sala Kawe Lacorte. 

Camisa Verde e Branco

Depois da “Filial do Samba”, a Barra-Funda tomou conta do Anhembi. Com seu irreverente intérprete Alessandro Tiganá impulsionando a comunidade, o Camisa Verde e Branco invadiu o palco do carnaval com muito entusiasmo. Na pista, o refrão “Vai na fé Barra Funda, Meu trevo te benze e vai abençoar” pode ser ouvido em alto e bom som, além disso, no chão da escola era possível encontrar personalidades como seu Seu Gabi e componentes especiais como a ala das crianças  que estavam proibidas de participar dos desfiles oficiais de carnaval, porém, voltaram com muita energia dando um show a parte.

Sobre o último ensaio técnico do carnavalesco do Camisa Verde e Branco, Renan Ribeiro diz que a escola está preparada para fazer um excelente desfile. “ A sensação de ver o Camisa passar é maravilhosa. Ver uma escola tão tradicional, tão importante para história do carnaval paulistano passar na avenida com um grande samba, uma grande bateria, uma grande harmonia mostrando um carnaval do jeito que o carnaval é, debaixo de chuva cantando com a alegria e potência depois de dois anos de pausa, fazendo aquilo que amamos com as pessoas que amamos não tem como dar errado.”, comenta o carnavalesco.

Nenê de Vila Matilde

Para fechar a noite, a única representante da Zona Leste, a Nenê de Vila Matilde foi para o sambódromo com a sua comunidade em peso para defender a reedição do enredo ‘Narciso Negro’  de 1997 que é aposta da escola para iniciar o processo de retorno ao Grupo Especial. Na concentração, o público cantou junto com a escola o hino exaltação  e também vibrou com os primeiros acordes do samba que é uma das composições marcantes da história da agremiação. Ao longo da avenida, a nostalgia tomou conta ao som da bateria de Bamba que com a sua batucada tradicional e marcante embalou a simulação de desfile da Nenê com inovações ao longo da execução do samba. 

O intérprete Agnaldo Amaral que voltou recentemente para agremiação no comando do carro de som, expressou sua felicidade ao ver a Águia Guerreira na Avenida . “ Estar na Nenê é maravilhoso, a Nenê é amor, amor, amor. Eu nunca saí da Nenê, afinal foram dois anos sem carnaval então eu só fui ali dar um passeio e voltei.” finaliza o intérprete. 

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Redação Sampa