Ganhadeiras de Itapuã estrelam exposição em museu virtual

Com mais de 15 anos de história, as Ganhadeiras são marcadas pela ancestralidade e tradição

Ganhadeiras de Itapuã na Lagoa do Abaeté, em Salvador. Foto: Amanda Oliveira

Com objetivo de resgatar e valorizar a história de empoderamento das mulheres negras do bairro Itapuã, localizado na cidade de Salvador, nascem as Ganhadeiras de Itapuã, em memória das mulheres que sustentavam as famílias por meio do trabalho de “ganho” durante o período colonial, quando se reuniam à beira da Lagoa do Abaeté, onde lavavam roupas entoando cânticos de samba e histórias ancestrais.

E para continuar a preservar este legado da cultura afro brasileira, o Museu Virtual Casa de Ganho leva os visitantes a um passeio pelos marcos importantes na história do bairro de Itapuã a partir de um acervo repleto de registros exclusivos das Ganhadeiras, as primeiras apresentações e encontros com personalidades memoráveis, como a ialorixá Mãe Stella de Oxóssi, que faleceu em 2018, aos 93 anos. A riqueza da história e tradições das Ganhadeiras de Itapuã são os temas da exposição virtual que tem como objetivo resgatar e valorizar a cultura vinda do trabalho de ganho, desde o século XIX até os dias atuais.

Ganhadeiras de Itapuã. Foto: Joá Souza/ Ag. A TARDE

O Museu Virtual Casa de Ganho também permite que o público conheça a história do Abaeté e das antigas negras de ganho do período colonial que se tornaram o primeiro símbolo representativo do empoderamento feminino no país. Clique aqui para conferir a exposição.

No ano passado, a história das Ganhadeiras de Itapuã virou tema de Carnaval da escola de samba Unidos do Viradouro, que venceu o festejo do Rio de Janeiro.

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Artigo de

Jéssica Souza