A ciência no cinema: Interestelar

Interestelar. Foto: Divulgação

O filme de Christopher Nolan, lançado dia 6 de novembro de 2014 aqui no Brasil, traz um novo universo de filmes de ficção científica. Nolan ficou conhecido por ser muito didático, tentando explicar tudo com clareza, e isso, para algumas pessoas, passa um tom de soberba por parte dele, por não achar que todos vão compreender seus filmes.

Em Interestelar, essa visão do diretor se encaixa muito com a proposta do filme, principalmente pelo tema ser viagens interestelares, gravidade e também outras dimensões, que são coisas profundas, que para se ter um entendimento, é necessário uma grande pesquisa.

O filme se passa em futuro não tão distante em que os recursos do planeta estão acabando, tempestades de areia são comuns e as plantações estão morrendo, deixando a humanidade em risco. Cooper (Matthew McConaughey) é um piloto aposentado, e após descobrir uma anomalia gravitacional no quarto de sua filha, Murphy (Jessica Chastain), ele é chamado para uma última missão da NASA para buscar novos planetas habitáveis para a humanidade, mas para ir, ele precisa deixar Murphy na Terra.

A carga emocional no começo do filme é muito importante para que possamos nos identificar com o drama de Cooper deixar sua filha para viajar o universo. Logo após sua partida, o filme começa uma linguagem mais técnica. Endurance, que é a nave que eles estão, entra em um buraco de minhoca, e assim, consegue alcançar outra galáxia, inclusive planetas que orbitam buracos negros.

A história é dividida em três partes, primeiramente, a relação entre Cooper e Murphy. A segunda parte mostra como a tripulação consegue ir para outros planetas, com explicações mais científicas, isso é o que torna o filme mais real. E a terceira parte, o drama de Cooper para voltar para nossa galáxia, entrando em um buraco negro.

Interestelar é um dos filmes mais bem sustentados pela ciência, um exemplo disso, é que a parte científica do roteiro foi escrita pelo Kip Thorne, especialista em gravitação e relatividade, então há uma base muito forte para o que foi apresentado pelo Nolan.

No filme existem erros e acertos, mas no geral, a história nos traz a sensação que tudo o que foi passado nas telinhas possa ser real, apesar de sabermos que se trata de uma ficção cientifica, como em várias partes do filme em que a física não pode explicar. Interestelar encanta quem aprecia uma boa história, além de despertar em muitos a vontade de conhecer o nosso universo.

Confira o trailer:

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Artigo de

Andrei Santana