A culpa não é do carnaval!

Passamos por um momento difícil em todo mundo. O novo coronavírus tem contaminado e matado milhares de pessoas, países como Itália e EUA tiveram os piores casos até o momento. No Brasil, a situação continua crítica, ora, porque o pico da pandemia ainda não atingiu o máximo, ora porque a quebra do isolamento de parte da população deixa os períodos instáveis. Não sabemos quando as coisas irão piorar, para então, melhorar. 

E nessa onda de desordem e progresso, as pessoas procuram alguém para culpar: o desmatamento, a crise sanitária, o governo etc. E dentro desse balaio, culpam o carnaval pela transmissão do vírus. 

Antes de tudo, não, o carnaval não é o culpado, com ou sem ele, a pandemia em algum momento chegaria aqui. Mas o que leva as pessoas a acusarem uma festa tão popular no país? Provavelmente vocês já devem imaginar – a intolerância!

Na minha última coluna (e também primeira), discorri um pouco sobre como a elitização chegou no carnaval – e consequentemente no samba – o que gerou o grande apelo dos blocos de rua. A festa de ruas e avenidas pode atrair mais pessoas a cada ano, mas sempre serão subjugadas pela sua origem (negra) e por sua religião (matriz africana, diferente dos preceitos do cristianismo). 

Apesar do carnaval ser uma festa necessária para o calendário cristão, sua comemoração é motivo de intolerância por uma parcela da população. Principalmente por todos os anos pautar a questão LGBTQI+, a causa negra, a classe baixa entre outras minorias, que para esta parte intolerante, é contra as “leis de Deus”.

Vamos lá, não são todos (ainda bem), mas muitos acreditam que o coronavírus é um castigo divino devido a tanta “liberdade” que a festa oferece… Então fiquem em casa, saiam apenas quando necessário, para que em 2021 todos nós estejamos festejando novamente.

créditos: Paduardo/SPTURIS
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Artigo de

Redação Sampa