A cuíca, conhecida na Angola como Pwita, é um instrumento parecido com tambor. Possui uma haste de bambu presa no centro da membrana, que reveste a parte externa do instrumento. A origem é incerta: muitos dizem que é um instrumento africano, outros dizem que ela já existia no Egito antigo.
Há indícios que a cuíca foi trazida ao Brasil pelos escravos da nação “Banto”, mas estas informações podem derivar. O instrumento era usado por caçadores para atrair leões e para obter o som perfeito, a haste deve ser friccionada com um pedaço de tecido molhado e a parte externa deve ser pressionada com os dedos.
A cuíca é considerada instrumento de percussão, mas não é percutida. A extensão de seu som pode alcançar duas oitavas na escala musical imitando uma espécie de lamento. Na década de 30, a cuíca passou a fazer parte das baterias de escolas de samba e também de grupos de Congo (dança e música trazidas pelos escravos durante o período colonial).
Quando se fala em cuíca, tenho a obrigação de citar o mestre Oswaldinho da Cuíca, um dos maiores representantes do samba paulistano.
As cuícas não são instrumentos obrigatórios nas baterias de escolas de samba, porém elas vêm sendo reintegradas há alguns anos nas baterias de diversas agremiações e um dos responsáveis por este feito é Edmir Fernandes, diretor de bateria da Barcelona do Samba, pertencente à Império de Casa Verde.
Além deste fato, temos o “Projeto Vai Cuíca”, fundado por seu atual presidente, conhecido como Dedé, e seus discípulos: Ailton da Cuíca, Edson Machado, Elaine Machado e Ismael Zuza, no ano de 2014. O projeto tem cunho social e realiza diversas ações em orfanatos, asilos e creches.
Parabéns à todos(as) cuiqueiros(as) do mundo.