Crescimento de aeronaves de nova geração no setor aéreo pode reduzir impactos no meio ambiente e custos na manutenção

São Paulo, SP 23/2/2021 – Para obter esses resultados foram desenvolvidos motores mais eficientes, as asas foram redesenhadas no intuito de melhorar o desempenho

A intenção das empresas é diminuir o consumo de combustível, a manutenção da aeronave e os níveis de ruído e agentes poluidores

Empresas de companhias aéreas estão investindo cada vez mais em aeronaves com novas tecnologias e que sejam mais eficientes em termos de combustível, segundo um estudo de tendências da aviação da Cirium, empresa especializada em dados para a aviação. De acordo com a análise, as aeronaves mais novas retornarão aos céus resultando numa enorme economia mensal de custos na queima de combustível.

No cenário atual com as constantes oscilações do valor do petróleo e do dólar, a conscientização sobre preservar o meio ambiente obrigou companhias aéreas a buscar meios de reduzir custos mensais em relação à operação das aeronaves, afirma Wellington José Ramalho Rossetti, engenheiro de controle e automação. “As empresas veem a possibilidade de reduzir o impacto no meio ambiente, junto às fabricantes de aeronaves, com desenvolvimento de novos jatos comerciais chamados de aeronaves de nova geração”, informa o engenheiro, com experiência em manutenção e suporte técnico nas aeronaves da família EMBRAER EJET, BOEING 737- 300/400, ATR 42/72 e Airbus A330/ A320NEO em todos os sistemas.

As principais fabricantes de aeronaves como a AIRBUS, a Boeing e a Embraer, conforme diz Wellington Rossetti, com pós-graduação em Gestão de Manutenção de Aeronaves, entenderam que no novo cenário mundial desenvolver aeronaves com foco na redução do consumo de combustível, custos de manutenção e na diminuição de níveis de ruído e agentes poluidores é uma oportunidade com grande benefício para a sociedade e para o planeta, como também uma boa estratégia econômica para os negócios, além de poder oferecer uma frota mais eficiente e de alta qualidade, a bordo, aos clientes.

“Para obter esses resultados foram desenvolvidos motores mais eficientes, as asas foram redesenhadas no intuito de melhorar o desempenho e foram utilizados materiais mais leves na construção da fuselagem, como a fibra de carbono. Assim, conseguiram reduzir o peso das aeronaves e implementaram novas tecnologias como, por exemplo, a tecnologia Fly-by-wire (controles de voo eletrônicos). Ela substitui os cabos de comando que existiam entre o piloto e a superfície a ser comandada, além da modernização de toda a cabine de comando”, explica Rossetti, inspetor técnico no recebimento da aeronave Airbus A320NEO na fábrica em Hamburgo no ano de 2019.

Segundo a Cirium, as aeronaves maiores como o Boeing 747 e o Airbus A380, estão sendo aposentadas mais cedo do que o esperado, e alguns serão convertidos em carga. A previsão, de acordo com o estudo realizado pela empresa, é de que esse ano tenha um aumento significativo das aeronaves de nova geração, e um aumento ainda maior em 2022.

As aeronaves de nova geração, conforme o engenheiro de controle e automação, já se encontram em operação no mundo todo, entre elas se tem, por exemplo, o AIRBUS A320NEO, o Boeing 737MAX e o Embraer ERJ 195E2. Todas já apresentam resultados bastantes expressivos e importantes, como a redução do consumo de combustível em 15%, na média, em relação aos seus modelos mais antigos.

“Isso gera consequência positiva na redução do combustível, também na redução na emissão de poluentes e diminuição dos níveis de ruídos, além de tudo, essas aeronaves exigem uma menor intervenção por parte da manutenção dos mecânicos em geral, reduzindo assim o custo de manutenção”, conclui o engenheiro de controle e automação José Ramalho Rossetti, que possui curso de manutenção das aeronaves AIRBUS modelo A320/A321 NEO, EMBRAER modelo ERJ 190 series PW1900G(195E2).

Website: https://www.linkedin.com/in/wellington-rossetti-52378831/

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