No contexto da pandemia, vestibulares sofrem mudanças que exigem atenção dos candidatos

São Paulo, SP 2/10/2020 –

Estudantes devem ficar alertas para as alterações de calendário e procedimentos específicos em exames presenciais e remotos

Além da necessidade de superar as dificuldades criadas pela pandemia de Covid-19 comuns a todas as pessoas, especialmente o distanciamento social, os jovens concluintes do ensino médio têm um desafio adicional nos próximos meses: enfrentar o vestibular, que este ano apresentará novas exigências ou formatos, também impostos pelas estratégias de prevenção da doença. Mais que estar preparados para solucionar questões de múltipla escolha, dissertar sobre um determinado tema ou elaborar uma boa redação, os aspirantes a uma vaga na universidade terão que redefinir agendas, seguir recomendações sanitárias e, em determinados casos, adequar o desempenho ao ambiente virtual, uma vez que diversas instituições realizarão seus processos seletivos de forma remota.

Um dos primeiros impactos causados pela pandemia em relação aos vestibulares foi a mudança no calendário das provas. Várias escolas de ensino superior tiveram que alterar as datas de suas seleções tanto para acompanhar o comportamento da Covid-19 – avanço ou declínio – quanto para aguardar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acabou sendo transferido para o início de 2021. Reportagem publicada no final de julho pelo jornal Gazeta do Povo, de Curitiba-PR, relacionava 11 concorridas instituições públicas que haviam modificado o cronograma do vestibular em decorrência da pandemia.

Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, a primeira e a segunda fases do vestibular, que ocorreriam em novembro de 2020 e janeiro de 2021, respectivamente, foram remarcadas para janeiro e fevereiro de 2021. A Unicamp está entre as instituições que optaram por manter as provas presenciais, mas em condições diferentes das de outros anos. Todas têm divulgado que estão adotando medidas rigorosas para garantir o cumprimento do protocolo de segurança exigido pelas autoridades de saúde. Entre essas precauções, que variam de uma escola para outra, estão a aplicação de exames por turmas reduzidas, o aumento do número de salas de aula e o maior espaçamento entre as carteiras, como forma de evitar aglomerações. Uma exigência comum a esses processos seletivos é o uso de máscara pelos vestibulandos.

Prova virtual

Outras instituições, entretanto, decidiram inovar e realizar o vestibular de maneira totalmente online. É o caso das Faculdades de Campinas (Facamp), vizinha da Unicamp, que está com as inscrições abertas para o certame até 24 de novembro. A Facamp oferece oito cursos de graduação. Os aspirantes a uma vaga terão que cumprir duas etapas. A primeira, denominada de perfil social, compreende o envio via internet do histórico escolar e de um vídeo ou texto que destaquem as qualidades e o potencial do candidato. Este procedimento, com peso de 40% na nota, vem sendo adotado pela faculdade desde 2019 e não está relacionado aos desafios gerados pela pandemia, mas reforça a mensagem de otimismo e esperança que a organização escolheu passar aos candidatos este ano.

A segunda etapa, marcada para 28 de novembro, consiste na realização, pela primeira vez, de uma prova online que será dividida em duas partes: redação e avaliação de lógica elementar e conhecimentos gerais, com peso de 60% na nota. De acordo com o diretor Acadêmico da Facamp, professor Rodrigo Sabbatini, este modelo, que está em sintonia com o que é praticado por algumas das melhores universidades do mundo, Harvard entre elas, possibilita uma avaliação mais precisa das competências e habilidades dos estudantes.

O objetivo, afirma o docente, não é medir a aptidão do candidato para memorizar datas ou fórmulas, mas sim a capacidade que ele tem de desenvolver o raciocínio abstrato e o pensamento crítico em torno dos problemas contemporâneos. “Nesse sentido, o vestibular online não interferirá na forma como avaliamos o candidato. Na prática, este modelo representará um desafio mais de ordem tecnológica, aspecto que já está equacionado”, afirma.

O desafio tecnológico mencionado por Sabbatini também deve ser enfrentado, em alguma medida, pelos vestibulandos. É recomendável que os candidatos redobrem os cuidados para que, no dia da prova online, o desktop ou o notebook estejam funcionando perfeitamente e a conexão com a internet permaneça estável. Em tempos de exames remotos, estas precauções equivalem às antigas cautelas indispensáveis para prestar o vestibular presencialmente, como portar caneta esferográfica e documento de identidade com foto.

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