Novos tempos exigem tecnologias inovadoras para cuidar de idosos pós-Pandemia

Campinas, SP 15/9/2020 – A pandemia potencializou muitos problemas, entre eles a dificuldade da visita dos familiares aos idosos”, diz Adriano Goes fundador da Helpbox

A pandemia evidenciou diversas necessidades e dificuldades que antes não estavam tão aparentes. Muitas empresas no segmento de saúde digital e healthcare viram oportunidades únicas para inovar e se destacar com soluções disruptivas. Para se ter uma ideia do espaço a ser trabalhado, segundo o IBGE, o número de pessoas com mais de 70 anos é de aproximadamente 13 milhões de pessoas e deve dobrar no Brasil até 2050, saltando de 9,5% para 21,8% da população, atingindo 40 milhões de pessoas.

Um destes casos é a startup brasileira Helpbox focada em cuidados de idosos, que chegou ao mercado em janeiro deste ano propondo uma completa inovação frente aos produtos oferecidos pelos grandes players do mercado. A empresa criou um dispositivo inteligente, que otimiza o atendimento à pessoa idosa, com monitoramento 24 por 7, por meio de Inteligência Artificial.

Trata-se de uma pulseira que gerencia e fornece dados essenciais, como movimentação atípica, controle de sono, mudança de decúbito, monitoramento cardíaco, temperatura corporal, pressão arterial, oxigenação e até mesmo controle do cotidiano do idoso. “Por meio dessas informações, nossa equipe de enfermagem consegue detectar desvios e contatar o paciente proativamente em viva-voz, sem que ele necessite apertar botões ou realizar ligações”, explica Adriano Goes, fundador da Helpbox.

A ideia de desenvolver um sistema que atendesse à terceira idade surgiu quando Goes sentiu falta de soluções para este nicho, focadas em dados. “Os dispositivos oferecidos não dispõem de inteligência. Resumem-se a botões de presença com funcionalidades extremamente simplistas, o que nos abriu a mente para criar uma ferramenta com alto valor agregado”, diz ele engenheiro de telecomunicações e professor universitário com 25 anos de experiência no desenvolvimento de tecnologias.

Além da central de monitoramento em tempo real, o Helpbox possui um aplicativo para a família, dentro do qual é possível abrir comunicação com o assistido, ver sua localização, configurar alertas e acompanhar as atividades do idoso, entre outras funcionalidades. De acordo com o executivo, o público comprador da tecnologia está na faixa etária dos 40 aos 55 anos, ou seja, são filhos que desejam manter os cuidados de seus pais à distância.

A empresa possui casos de sucesso como, por exemplo, um idoso com Doença de Parkinson que engasgou e sua cuidadora que não estava próxima não percebeu o ocorrido. O sistema observando a alteração na frequência cardíaca e a movimentação atípica, disparou um alarme na central que imediatamente entrou em contrato com a residência através do sistema de voz do equipamento avisou a cuidadora, que imediatamente socorreu o idoso. Além destes casos emergenciais a central de atendimento também trabalha com a prevenção, como no caso de uma idosa que passou a dormir muito mal durante a pandemia e de posse desta informação os familiares foram avisados e aconselhados a procurar ajuda especializada. Com ajuda de uma psiquiatra foi identificado um quadro de início de depressão que devidamente orientados o idoso e seus familiares, puderam cuidar melhor do problema de forma precoce.

Além de ajudar as famílias a manterem o bem-estar e a segurança do idoso, outro ponto importante é que a ferramenta foi desenhada também para obter dados relevantes para hospitais e planos de saúde. Segundo Goes, a obtenção de informações assertivas faz parte da estratégia de aprimoramento para garantir mais excelência nos cuidados com este público.

Em termos de crescimento, as expectativas do fundador são as melhores: até o final do ano, ele pretende chegar à marca de 500 usuários; em dois anos, serão 10 mil usuários. Quanto ao faturamento, até 2022, a empresa deve atingir R$ 4,5 milhões.

“Nosso intuito é alcançar 41 mil idosos no Brasil, considerando primeiramente as pessoas com mais de 70 anos pertencentes às classes A e B. Ao bater esta meta, queremos tornar o equipamento mais acessível e mirar as classes C e D também”, esclarece Goes, lembrando que o modelo de negócios é baseado em assinatura.

Países como Portugal, Colômbia, Argentina e Chile já demostraram interesse na tecnologia, contudo a empresa entende que o momento é de se solidificar em solo brasileiro, uma vez que, o Brasil possui muitas oportunidades ainda e é carente de serviços para cuidados na melhor idade.

Website: https://helpbox.care

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