Psicólogo alerta sobre os efeitos psicológicos da pandemia e suas possíveis superações

São Paulo/SP 9/9/2020 – Não saber lidar com os efeitos psicológicos da pandemia ou de qualquer outra dificuldade do viver, é sinal de alerta. Nestes casos, não hesite em pedir ajuda.

A pandemia mexeu com a vida de todas as pessoas, de inúmeras diferentes formas, algumas para melhor e muitas para pior. Todos precisaram e precisarão se adaptar às mudanças já ocorridas e por ocorrer.

Diferentes pessoas, de diferentes idades, atividades, profissões, condições econômicas e de públicos de risco tiveram consequências neste momento da humanidade: crianças que podiam brincar e se divertir ao ar livre foram circunscritas a algumas dezenas de metros quadrados de vida, no auge das suas energias; adolescentes acostumados a verem e conversarem com os amigos tiveram suas vidas sociais confrontadas; muitos casais que estavam em conflitos aumentaram os seus atritos, desejando a separação; homens e mulheres perderam ou diminuíram suas rendas, tendo baixas significativas em seu dia a dia; pessoas diminuíram os seus contatos sociais com amigos e familiares, ficando sozinhas durante este longo período; e as duas consequência mais comuns de todas: pessoas doentes e passando mal, por medo de contraírem o vírus, ficaram em casa e ali morreram ou pioraram para uma situação sem volta, morrendo precocemente, juntamente com outras que perderam as suas vidas para o vírus.

Para o Dr. Bayard Galvão, Psicólogo Clínico e Hipnoterapeuta, as pessoas que não superarem este momento, em maior ou menor nível, tenderão a ter mais problemas que já tiveram ou têm tido. “Hoje se sabe que erros foram cometidos ao lidar com o vírus, seja notícias falsas, alarmantes ao extremo ou erros nos cuidados com a doença. Tudo isso colaborou para efeitos psicológicos em incontáveis pessoas, como fobia de sair de casa, aumento de atritos domésticos, fechamento e falência de inúmeras empresas, depressão, suicídio, violências estúpidas, manifestações sem causa manipuladas por políticos espertalhões. E a crise econômica, política e social? Essas ainda trouxeram outros efeitos incapazes de listar em uma matéria”.

Por isso, o Psicólogo criou uma série de perguntas para que cada pessoa possa fazer a si mesmo. Uma espécie de exercício que ajuda a identificar se a pessoa está passando pelo processo de efeitos psicológicos nocivos e como superar cada um deles:

1- Quais acontecimentos deste momento maluco da humanidade lhe afetam? Exemplo: aumento de atritos no casal por conta da quarentena.

2- Tente entender de maneira clara como eles afetaram a você ou a quem você ama da maneira mais clara possível, buscando listar estes efeitos e dar nota de 0-10 segundo os seus níveis de gravidade. Exemplo: diminuição de sexo (6), agressividades verbais (8), impaciência (7), asco ao convívio ou abraço (9), verdades expostas sobre mágoas antigas e novas trazendo novas mágoas (10)

3- Para cada um destes efeitos nocivos, busque pelo menos 1 solução com um prazo de tempo razoável para alcançá-la. Exemplos: elencar as dificuldades da separação, preparar-se para elas e se planejar para tomaras decisões com lucidez, apesar das suas dores.

“Não saber lidar com os efeitos psicológicos da pandemia ou de qualquer outra dificuldade do viver, é sinal de alerta. Nestes casos, procure ajuda de amigos ou profissionais. Até porque, pior do que morrer, é desperdiçar a vida até seu fim”, finaliza o psicólogo.

*Dr. Bayard Galvão é Psicólogo Clínico formado pela PUC-SP, Hipnoterapeuta e Palestrante. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra palestras, treinamentos e atendimentos individuais utilizando esses conceitos. www.hipnoterapia.com.br

Website: http://www.hipnoterapia.com.br

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