Médica veterinária tenta carreira na Indústria de Alimentos e é contratada por multinacional do setor

Belo Horizonte, Minas Gerais 26/8/2020 –

O mercado de alimentos é uma área que vive em expansão no Brasil. Segundo pesquisa de fevereiro deste ano da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), o faturamento do setor cresceu aproximadamente 6,7% em 2019 o que fez com que a indústria representasse cerca de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano passado.

Diante dessa expansão, muitos profissionais apostam neste mercado. Afinal, com esse progresso, o aumento de oportunidades de emprego é certeiro. Mas, como ingressar nesta área e aproveitar esse momento tão positivo?

A médica veterinária Ana Elisa Cariello conseguiu aproveitar as oportunidades desse setor em expansão, em alguns passos que serão explicados nesta matéria.

Quem é Ana Elisa Cariello?

Para saber quais passos levaram Ana à conquista do emprego na indústria e ver como os desafios que ela enfrentou são próximos aos de muitas pessoas que querem oportunidades nesse segmento, vale conhecer a profissional.

Ana, de 30 anos, formou-se em medicina veterinária em 2016 e começou a trabalhar no campo, com suínos. Desde então, ela já pensava no processo que levaria o animal da granja até o produto final. E foi daí que surgiu o desejo de atuar na Indústria de Alimentos.

“Eu comecei no campo com suínos e sempre gostei e ficava imaginando como seria o produto final.” – Ana Elisa.

Vendo que não estava feliz no campo, Ana Elisa foi em busca do objetivo de trabalhar no mercado alimentício. Para isso, ela notou que precisaria de mais conhecimento específico nesta área, por não ter tido ainda nenhum contato com ela.

“Trabalhar no campo não estava me dando prazer. Aí, para entrar na indústria, eu me inscrevi em uma pós-graduação porque o meu conhecimento era muito focado em campo. Eu precisava estudar mais para conhecer o mercado de alimentos, porque só assim eu conseguiria abrir portas.” – Ana Elisa.
Como Ana conquistou uma boa oportunidade de emprego?

Muitos estudantes reclamam que a graduação não prepara os alunos o suficiente para o mercado de trabalho. Com Ana não foi diferente. Para conquistar mais oportunidades, a veterinária conseguiu uma bolsa de estudos e iniciou uma pós-graduação na área de alimentos.

“Eu conheci o Ifope Educacional pelas redes sociais, entrei no site e gostei bastante. Aí eu vi a oportunidade da pós-graduação, consegui a bolsa e estou fazendo a pós.” – Ana Elisa.

Depois de começar o curso, Ana Elisa encontrou o anúncio de uma vaga em uma plataforma de empregos e participou de um processo seletivo para trabalhar na BRF, em Jataí (GO), uma das fabricantes de alimentos mais famosas do Brasil e com filiais no exterior. Para a alegria da médica veterinária, ela foi selecionada para a vaga.

“Quando eu estava logo no comecinho da pós-graduação, uns quatro meses ou menos, eu entrei no ‘Vagas’ e vi que tinha uma vaga aqui na BRF na Unidade Jataí, Goiás – que é onde eu trabalho como Analista de Produtividade e Líder dos monitores do Controle da Qualidade. Passei por uma prova e duas entrevistas.” – Ana Elisa.

O que ajudou Ana a conquistar a posição?

Segundo a médica veterinária, um fator que a ajudou a conseguir o emprego foi o conhecimento técnico e a base que ela conquistou com a especialização.

“A pós-graduação me ajudou muito a conseguir o emprego na indústria. Como eu estava muito crua em conhecimento técnico, a pós me ajudou a ter uma base antes de entrar. Se não fosse a pós eu acho que (a adaptação) ia ser muito mais difícil.” – Ana Elisa

De fato, a especialização ajudou Ana a conquistar uma oportunidade na BRF. No entanto, esse passo não apenas a auxiliou nessa conquista como também a está ajudando em sua nova rotina como analista da BRF. A seguir, Ana explica mais sobre isso.

A especialização continua sendo relevante ou serviu apenas para conquistar a oportunidade na empresa?

De acordo com Ana, sua especialização continua ajudando-a mesmo depois de ter iniciado sua carreira na BRF. Ela afirma que o curso a auxilia diariamente, pois aprimora seus conhecimentos técnicos acerca de metodologias e ferramentas cada vez mais cobradas na indústria.

“A pós-graduação me ajuda até hoje em muitas coisas de Programas de Autocontrole e tem muita metodologia de Gestão que eu vejo que a gente é cada vez mais cobrado em multinacional. Eu tento sempre aplicar o que os professores falam dos PACs e de Gestão. Vejo hoje aqui na aula, amanhã já vou mudar alguma coisa com os meus funcionários ou alguma boa prática dentro de algum processo industrial.” – Ana Elisa

Estes assuntos técnicos eram justamente a maior dificuldade de Ana Elisa ao começar na Indústria de Alimentos, sobretudo, os Programas de Autocontrole. Mas, de acordo com ela, a pós-graduação lhe deu mais segurança e conhecimento sobre estas ferramentas.

“Quando eu entrei, não entendia nada de Programas de Autocontrole porque eu nem tinha entrado nessas disciplinas do curso. Eu tinha um monte de papel na minha frente e falava: ‘meu Deus, o que é que eu faço?’. Depois, com as aulas, entendendo o contexto e o porquê daquilo, como funciona, aí clareou.” – Ana Elisa.

O caso de Ana Elisa pode surpreender, mas não é raro na Indústria de Alimentos. Segundo Thaís Corrêa, Analista de RH da Vigor Alimentos, uma pós-graduação que ofereça conhecimentos técnicos alinhados com a prática na Indústria – como o que Ana Elisa escolheu – é muito importante para que o profissional possa conseguir uma oportunidade na área.

“É muito importante que o aluno escolha um curso de pós-graduação na área em que mais se identifica e que ofereça módulos voltados para a prática profissional.” – Thaís Corrêa.

Certamente, analisando a história de Ana Elisa e o depoimento de Thaís Corrêa, pode-se entender que a Indústria de Alimentos valoriza e busca por profissionais cada vez mais capacitados e que possuem conhecimento técnico suficiente para aplicá-lo na prática.

Website: https://www.ifope.com.br/

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