Estado anuncia nova data da 51ª edição do festival internacional de Campos do Jordão

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Os 110 concertos previstos serão realizados de 2 a 31 de janeiro de 2021; as atividades do programa pedagógico voltarão para a cidade; a partir de 17 deste mês, o público poderá assistir na TV Cultura e na Cultura FM os melhores momentos de edições anteriores

A Secretaria de Cultura e Economia e Criativa de São Paulo anunciou as datas da 51ª edição do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Tradicionalmente realizado em julho, o maior festival de música clássica da América Latina ocorrerá entre os dias 2 e 31 de janeiro de 2021. A mudança ocorreu por conta da pandemia do novo coronavírus. Assim, o Festival de Campos terá duas edições em 2021. A 52ª edição ocorrerá entre os dias 26 de junho e 1º de agosto do próximo ano.

Serão 110 concertos realizados em sete palcos, um deles novo, localizado no Parque Capivari, que receberá 20 apresentações. Os demais acontecerão em espaços já consagrados, como o Auditório Cláudio Santoro, com 30 apresentações, o Espaço Cultural Dr. Além, com 20, e a Igreja Santa Terezinha, com 4. No Palácio Boa Vista, a Capela abrigará 10 recitais, o átrio terá 10 concertos e a área exterior, 16 concertos ao ar livre. A programação terá dois eixos, como em 2019: clássico e popular-sinfônico.

Entre os artistas confirmados para os concertos do eixo popular-sinfônico estão João Donato, Marcos Vale, MPB4, Diogo Nogueira, Erasmo Carlos e Roberta Sá, que se apresentarão com a Orquestra Jazz Sinfônica. O concerto de abertura, em 2 de janeiro, terá o regente Thierry Fischer à frente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Os britânicos Alexander Shelley, regente da Orquestra do Centro Nacional das Artes, do Canadá, e Neil Thompson, regente da Filarmônica de Goiás, são dois nomes também confirmados.

A transmissão dos concertos será feita pela TV Cultura, pela Cultura FM e pela plataforma de streaming e VOD #CulturaEmCasa. “Pela primeira vez, teremos um festival híbrido, com eventos presenciais e transmissão online ou via TV de toda a programação. O objetivo é ampliar o acesso e reforçar o importante papel do festival no estímulo à formação de público para a música clássica. Este é o futuro do setor de eventos no contexto pós-pandemia”, explicou Sérgio Sá Leitão, Secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo.

Segundo Sá Leitão, a 51ª edição do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão será o primeiro evento da Secretaria realizado presencialmente depois da suspensão das atividades culturais por conta da pandemia. Os demais, como Revelando SP, Virada SP, SP Gastronomia, Festa do Imigrante e Circuito SP, serão online, por meio da plataforma #CulturaEmCasa, e acontecerão de agosto a dezembro deste ano. Em 2021, todos os eventos da Secretaria terão o formato híbrido (presencial e online).

A mudança de data transformará Campos do Jordão na capital da música clássicadurante o mês de janeiro. “O Festival tem uma importância imensa para o mundo da música clássica e também para a cidade, do ponto de vista da geração de renda, emprego e desenvolvimento”, afirma Marcelo Lopes, diretor-executivo da Osesp. “Ao longo do tempo, o evento se transformou em uma marca do país. A realização em janeiro oferecerá uma oportunidade de ampliar ainda mais a divulgação da música clássica e o impacto no turismo.”

Segundo o diretor-artístico da Osesp, Arthur Nestrovski, o repertório do concerto de abertura será composto por uma sinfonia de Beethoven e uma composição do brasileiro Heitor Villa-Lobos. “Seguiremos celebrando os 250 anos de Beethoven e incluiremos nas apresentações da Osesp obras de compositores brasileiros. No dia 9, será uma peça do baiano Paulo Costa Lima. No dia 24, uma obra de Alberto Nepomuceno, em homenagem ao centenário da morte do grande compositor cearense.”

Núcleo pedagógico voltará a Campos do Jordão
O programa pedagógico do Festival voltará a ter sua base em Campos do Jordão. Os 230 estudantes bolsistas do Brasil e de outros países terão 1.600 horas de aulas, que serão ministradas por 70 professores do país e do exterior. Os alunos participarão da Orquestra do Festival, da Camerata e do Grupo de Música Antiga, fazendo ao todo 35 concertos e recitais. “Teremos um professor brasileiro e um estrangeiro para cada instrumento de orquestra”, conta Fábio Zanon, coordenador artístico e pedagógico da Osesp.

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Artigo de

Ubiratan Miranda